A gestão da felicidade se tornou uma estratégia de gerenciamento utilizada pelas organizações. O principal motivo de adesão desta tática, é a consciência de que ambos os lados lucram com ela. Colaboradores mentalmente saudáveis, felizes, produtivos e engajados impactam diretamente o seu desempenho.
Passamos a maior parte de nosso dia no trabalho e se tivermos que esperar até o término do expediente ou até o fim de semana para desfrutar de um momento de felicidade, algo está errado. O clima organizacional reflete diretamente na produtividade dos colaboradores, ter pessoas que estão ali por querer e que se dedicam ao máximo sem medir esforços é essencial para uma instituição.
Pessoas descontentes no ambiente de trabalho criam um clima negativo e provocam uma vontade coletiva de sair dali. Ter um colaborador infeliz na empresa, acarreta em um aumento de faltas provocando uma menor produtividade e uma redução na qualidade das atividades exercidas. Este tipo de comportamento, pode gerar também uma falta de comunicação e consequentemente um desentendimento entre a equipe.
Ter sentimentos saudáveis e que causam alegria durante o expediente de trabalho, não é algo que deve ser imposto pela empresa e sim cabe a ser construído diariamente. Colaboradores felizes entregam melhores soluções aos clientes que por consequência fecham mais negócios com a empresa e por fim se torna um comprador fiel, gerando mais lucro para a organização.
Segundo um estudo realizado pela Universidade de Warwick (Reino Unido), colaboradores felizes são 12% mais produtivos. Em outra investigação sobre o mesmo assunto, realizada pela pesquisadora Sonja Lyubomirsky da Universidade da Califórnia (EUA), revelou um aumento de 37% nas vendas e triplicou a criatividade dos colaboradores mais contentes.
Desta forma, percebe-se que a melhoria da saúde mental e do clima organizacional para os colaboradores resulta em um ganho para ambos os lados. Atualmente, já foi idealizado um cargo para quem é exclusivamente responsável por zelar pela felicidade no ambiente de trabalho. O CHO – Chief Happiness Officer (Diretor de Felicidade), segundo um levantamento feito pela Luandre, empresa de consultoria de RH, o CHO é uma das profissões que estarão em alta após o período da pandemia.

Acompanhe a seguir as seis circunstâncias de como a qualidade de vida no ambiente de trabalho pode mudar o modo de relacionamento entre os colegas, expandindo o vínculo entre colaborador e empresa.
- Valorização das habilidades sociocomportamentais
Para ganhar visibilidade dentro de uma profissão é necessário ter grandes habilidades técnicas, conhecimento sobre o assunto e segurança na hora de desenvolver as atribuições propostas pelo cargo. Porém, ao trabalhar cercado de pessoas, uma boa comunicação interpessoal é fundamental para preservar um ambiente de trabalho saudável. Um profissional com excelente currículo técnico, mas com uma personalidade insustentável, certamente criará um clima tóxico para ele e os demais colegas. Este comportamento, com o tempo, tende a prejudicar o trabalho dos outros. O grande desafio do RH, é escolher profissionais com competências técnicas (hard skills) e com habilidades sociocomportamentais (soft skills).
- Apoio ao bem-estar pessoal
Quanto um colaborador está passando por algum problema em casa ou apenas não está feliz com a sua vida pessoal é bem provável que ao chegar em seu local de trabalho, ele não irá esquecer de tudo. Com este cenário, é possível que o desempenho do colaborador possa ser afetado devido aos problemas pessoais. É aconselhável que a empresa possua um setor, podendo ser até mesmo o RH, onde possa acolher o trabalhador o chamando para uma conversa a fim de demonstrar apoio a pessoa.
- Vivência da Cultura Organizacional
Fazer com que os funcionários vivenciem a filosofia empresarial, exige um trabalho que tem início desde o momento da contratação. Neste momento é apresentado e alinhado a cultura da instituição entre o candidato e a empresa. A missão, visão e os valores devem ser aplicados diariamente. Quando há uma identificação entre os valores pessoais de cada indivíduo com os da instituição, existe um propósito a ser praticado. Um sonho em conjunto o qual vale a pena acordar cedo todos os dias e lutar por ele. Com a percepção de pertencer a algo maior, de construir um futuro em conjunto com a empresa, o colaborador não estará ali apenas de “corpo presente”.
- Colaboradores motivados
Dar a equipe um propósito a ser seguido é uma das formas de manter a equipe motivada. Um colaborador motivado trabalha com mais alegria e envolvimento, eles vestem a camisa da empresa e buscam alcançar os melhores resultados diariamente. Isso também é uma forma de preservar os colaboradores, evitando que eles se desliguem da empresa e levem consigo toda a bagagem de conhecimento que receberam enquanto estava lá.
- Clima organizacional
O salário não é o único fator decisivo e motivador. A remuneração pode ser ótima, mas se o ambiente de trabalho for desagradável, nada adianta um pagamento alto. Oferecer um ambiente leve não é infringir as regras, mas sim disponibilizar aos colaboradores uma condição de trabalho que permite ter momentos de descontração durante o expediente.
- Transparência com os colaboradores
Fortalecer a comunicação interna, estreitando a relação entre colaborador e empresa, é essencial. Cortar qualquer possibilidade de falha na comunicação que possa vir a ter entre diretores e os cargos de operação é um exemplo de melhoria a ser feita. Dar feedbacks frequentemente é oferecer ao colaborador um retorno sobre os seus serviços prestados. Deve-se falar sobre seu desempenho e sempre o motivar. Nestes momentos de bate-papo, também é uma oportunidade para ouvir o que a pessoa tem a dizer sobre a empresa.
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